luciana_d3

 
registro: 20/06/2013
Só existe o bem aqui ❤️ não tem nenhuma Barbie aqui somente uma gordinha que ama a vida . . Oque não for leve que o tempo leve
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1 ano 166 dias h

Não perdemos ninguém, porque ninguém possui ninguém

O “ter” se transformou em uma obsessão dentro do capitalismo. Isso se deve a ter se formado um imaginário segundo o qual a essência do que somos depende do que temos. Fala-se em “ter” saúde, não em ser saudável. Fala-se em “ter” um parceiro, não em estar em um relacionamento amoroso com alguém. Fala-se em “ter” um trabalho, não em ser um trabalhador. Mas ninguém possui nada, e muito menos ninguém.

O “ter” ficou acima do “ser”, de modo que muitas vezes caímos na lógica de tentar definir quem somos através do que adquirimos. Chegamos, inclusive, a ter dificuldades de identidade quando perdemos o que tivemos por um longo tempo.

“Não existe amor, senão as provas de amor, e a prova de amor para aquele que amamos é deixar que viva livremente.”
– Anônimo –
 

Em termos de bens materiais, pode-se dizer que praticamente tudo o que possuímos é temporário. Ou seja, temos seu uso e seu gozo somente por um tempo, porque isso se acaba, se gasta, se danifica ou se deteriora e precisamos nos desfazer de determinado objeto.

Em outras palavras, nem sequer temos uma posse completa sobre os objetos. Mesmo assim, há quem não somente ignora esta verdade, mas também aqueles que pensam possuir outras pessoas. Isso é apresentado com especial intensidade nos relacionamentos amorosos que, por sua própria natureza, na maioria dos casos, incluem um componente de exclusividade recíproco.