lombrah

 
registro: 14/02/2009
Tudo que nao me mata me fortalece.
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Último jogo

Ao deus desconhecido

Oração ao DEUS desconhecido.


Antes de prosseguir em meu caminho e lançar o meu olhar para
frente uma vez mais, elevo, só, minhas mãos a Ti na direção de quem eu fujo.

A Ti, das profundezas de meu coração, tenho dedicado altares
festivos para que, em Cada momento, Tua voz me pudesse chamar.
Sobre esses altares estão gravadas em fogo estas palavras:

"Ao Deus desconhecido”.

Seu, sou eu, embora até o presente tenha me associado aos
sacrílegos.

Seu, sou eu, não obstante os laços que me puxam para o abismo.
Mesmo querendo fugir, sinto-me forçado a servi-lo.

Eu quero Te conhecer, desconhecido.
Tu, que me penetras a alma e, qual turbilhão, invades a minha vida.
Tu, o incompreensível, mas meu semelhante, quero Te conhecer,
quero servir só a Ti.


Friedrich Nietzsche


Experiência de unidade fundamental


por Krishnamurti:


No primeiro dia em que me vi nesse estado, e mais consciente das coisas ao
meu redor, tive a primeira experiência extraordinária. Havia um homem
consertando a estrada; aquele homem era eu; a picareta era eu; a picareta
que ele segurava era eu; as próprias pedras que ele estava quebrando eram
uma parte de mim; a tenra relva era o meu ser, e a árvore atrás do homem
era eu. Podia sentir e pensar como o homem que consertava a estrada e podia
sentir o vento que passava pela árvore e também podia sentir a pequenina
formiga na relva. Os pássaros, a poeira e até o barulho eram parte de mim.
Naquele momento um carro passou a alguma distância, eu era o motorista, 
o motor e os pneus; à medida que o carro se distanciava de mim, também eu
me distanciava de mim. Eu estava em tudo, ou 
melhor, tudo estava em mim,
o animado e o inanimado, as montanhas, o verme e tudo que respira.
Fiquei o dia todo 
nesse estado feliz.


do livro: Mary Lutyens, Vida e Morte de Krishnamurti, Editora Teosófica